O “Mapeamento Acessa Mais” é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Ministério da Cultura (MinC), através da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (SEFLI). Sob a coordenação do artista, ativista, pesquisador e doutor pela UFBA, professor da Escola de Dança, Eduardo Oliveira (Edu O.), e da professora Marilza Oliveira, também docente na Escola de Dança da UFBA. O projeto conta com uma equipe de mais de 25 pessoas, a maioria delas com deficiência, e busca reconhecer a participação e contribuição de pessoas com deficiência na dimensão econômica, simbólica e cidadã da cultura. Abrange áreas como artesanato, artes visuais, audiovisual, circo, dança, literatura, música, performance, teatro e cultura popular.
Um dos principais objetivos do “Mapeamento Acessa Mais” é identificar profissionais com deficiência e colaborar na elaboração de futuras políticas públicas direcionadas a artistas e agentes culturais com deficiência, assim como aos profissionais da área de acessibilidade cultural.
“Considero de extrema importância um projeto como o Mapeamento Acessa Mais porque, além de identificar artistas e agentes culturais com deficiência e profissionais da acessibilidade cultural, representa uma oportunidade de reconhecimento e fortalecimento da cultura Def no Brasil,” explica o coordenador Edu O.
O programa conta mais de 3 mil inscrições na plataforma e encerra neste domingo, 19 de janeiro. No norte do país, Ananda Guimarães representa o projeto e o eixo circo, a amazonense é palhaça, diretora, atriz, professora e pesquisadora das artes da cena e acessibilidade cultural. Ananda possui baixa visão em decorrência a doença de stargardt, atualmente a artista pesquisa, pelo programa Entre Acessos do Itaú Cultural, o conceito “Encruzilhada DEF: Uma cosmocegueira cênica”.
“Costumo falar que sou aleijadora cultural, trabalho com cultura do acesso, acessibilidade cultural. Acho que essa movimentação atual fala muito sobre territórios, às vezes até literalmente, no nosso caso aqui no Norte. Então, é uma troca. São artistas que produzem arte, às vezes falando sobre deficiência ou não, mas estou neste momento para conversar um pouco sobre políticas culturais e projetos culturais”, conclui Ananda.
Artistas com deficiência que atuem com artesanato, artes visuais, audiovisual, circo, dança, literatura, música, performance, teatro e cultura popular.
Agentes culturais com deficiência, ou seja, pessoas que trabalham com produção, curadoria, gestão e áreas técnicas como iluminação, cenografia, trilha sonora, figurino, operação de som e luz, etc.
Profissionais com e sem deficiência que trabalham com acessibilidade cultural, ou seja, pessoas que atuam com audiodescrição, tradução de Libras, consultoria em acessibilidade, entre outras.
O formulário está disponível no Instagram @mapeamentoacessamais ou através do link https://www.
A equipe de pesquisadores, técnicos e bolsistas tem trabalhado desde o início de 2024 neste mapeamento, que resultará em um documento detalhado a ser publicado em um relatório final, disponível para consulta pública nos sites do MinC e da UFBA.