Heliópolis (SP) e Mossunguê (PR) fazem parte da iniciativa piloto
Diálogos com moradores e lideranças comunitárias retratam impacto da pandemia, novos hábitos adquiridos e desafios pela frente, uma vez que estamos em um cenário endêmico do SARS-CoV-2
Próximo evento acontece em Heliópolis, no dia 23 de novembro
No dia 12 de março de 2020, o Brasil registrava sua primeira morte por COVID-19: uma mulher de 57 anos, que trabalhava como diarista, e que faleceu um dia após ser internada em um hospital na zona leste de São Paulo. Nos próximos 1.095 dias, a doença acometeria mais de 700 mil vidas no País¹.
Hoje, mesmo com uma falsa sensação por maior parte da população de que o vírus SARS-CoV-2, causador do COVID-19 é “coisa do passado”, já que a doença se tornou endêmica², fazendo parte do cotidiano da população, ainda precisamos continuar vigilantes para manter as taxas sob controle, especialmente por meio de medidas de prevenção. Só neste ano foram notificados mais de 762 mil casos e 5 mil óbitos por COVID-19³. De acordo com o boletim InfoGripe, a COVID-19 foi responsável, até o momento do ano de 2024, por 52% dos óbitos registrados em decorrência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG)⁴.
Diante desse cenário de risco e desconhecimento geral dos perigos da doença, a Pfizer deu início neste ano ao projeto piloto “Cuidamos Juntos: Informação e Saúde na Comunidade”, em parceria com a Afya, instituição parceira com atuação na educação médica. A iniciativa tem como principal objetivo mapear, em parceria com lideranças comunitárias e a população desses territórios, soluções para ampliar a conscientização sobre a saúde e cultivar hábitos de cuidado e prevenção.
O primeiro encontro do projeto ocorreu em Heliópolis, em 25 de maio deste ano, e reuniu moradores e lideranças comunitárias para compartilhar suas experiências e memórias do período da pandemia. O Cuidamos Juntos também compareceu à região de Mossunguê, região que abarca três favelas na cidade de Curitiba, em 15 de junho, para construir, junto à população, práticas de prevenção e autocuidado frente à doença.
“Encontros como esse mostram que é importante quando a comunidade mostra que tem voz. Porque quando a gente se une, a gente consegue potencializar e, a partir disso, trazer boas soluções” diz Illana Alencar, mobilizadora social que participou da edição do Cuidamos Juntos em Mossunguê.
O próximo passo do projeto é construir, junto à favela de Heliópolis — a maior comunidade de São Paulo —, ações de conscientização e enfrentamento da SARS-CoV-2 a partir do que foi conversado no mês de maio. Com esse objetivo, a favela recebe, no próximo dia 23 de novembro, um encontro que reunirá especialistas em saúde, líderes comunitários e a população em geral para resgatar a memória e a experiência da pandemia, tendo em vista a transmissão de hábitos e práticas de cuidado coletivas para lidar com o vírus, que veio para ficar. O evento contará ainda com uma intervenção artística, por meio do grafite, em parceria com um artista local, e a distribuição de um material informativo sobre doenças respiratórias.
“Estamos construindo pontes que conectam realidades diferentes e que são muito importantes no caminho para uma qualidade de vida elevada. Esse projeto não apenas beneficia os jovens e as famílias atendidas, mas também nos envolve profundamente. A troca de experiências, histórias e aprendizados que esse projeto proporciona é valiosa, pois nos permite crescer juntos.”, ressalta Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil.
Pensando no futuro do projeto, a ideia é expandir a atividade para outras comunidades do país ao longo de 2025, mantendo em cada território o pilar do diálogo e da construção coletiva de soluções que impulsionem a prevenção e tratamento frente à COVID-19.
Impactos desproporcionais da pandemia
Estudos apontam que a pandemia da COVID-19 exacerbou desigualdades sociais, econômicas, raciais e de gênero, impactando de forma desproporcional as populações mais vulneráveis ao redor do mundo⁵. No Brasil, onde 16,6 milhões de pessoas — 8% da população — vivem nas mais de 11 mil favelas e comunidades urbanas espelhadas pelo país, os efeitos da COVID-19 foram fortemente sentidos⁶.
Dados levantados pelo Medida SP, laboratório de pesquisa focado em desenvolvimento urbano, revelaram que 66% das pessoas que morreram pela doença na Grande São Paulo, em 2020, viviam em bairros cuja renda média estava abaixo de R$ 3 mil. Já nas regiões com renda superior a R$ 19 mil, o registro foi de 1% das mortes. O estudo cruzou os dados de mais de 3 mil mortos pela COVID-19 na Grande São Paulo com seus endereços ⁷.
Já a pesquisa “Coronavírus nas favelas: a desigualdade e o racismo sem máscaras”, realizada também em 2020 pelo coletivo Movimentos, apontou que cerca de 54% dos moradores de favelas do Rio de Janeiro que tinham um emprego formal perderam seus postos de trabalho durante a pandemia da COVID-19⁸. Ainda segundo o levantamento, com uma média de três pessoas compartilhando o mesmo quarto nas casas das favelas, mais da metade (54%) dos entrevistados afirmaram não ter conseguido fazer o isolamento social.
Para Reginaldo, um dos líderes da União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS), parceira do Cuidamos Juntos na região “fazer esta rede de mobilização e trazer informações credibilizadas a partir do diálogo da nossa comunidade com especialistas foi muito importante”. Para ele, “vimos como as periferias foram impactadas por situações como a da pandemia, por isso a importância do desenvolvimento de trabalhos como o Cuidamos Juntos.”
Cuidando juntos
A pandemia evidenciou que a conscientização sobre a SARS-CoV-2 exige um esforço coletivo, com o engajamento e o compromisso de toda a população. Parte essencial desse esforço é garantir que as pessoas, especialmente aquelas com fatores de risco, continuem realizando testes de COVID-19, mesmo em casos de sintomas leves ou moderados. Além disso, é fundamental que procurem acompanhamento médico para avaliação e, quando necessário, obtenham o encaminhamento para tratamento oferecido pelo SUS. Esse tratamento é acessível para pacientes imunossuprimidos a partir de 18 anos e para idosos com 65 anos ou mais, desde que apresentem quadros leves a moderados da infecção⁹.
Em termos de prevenção, não podemos esquecer do papel fundamental de manter a carteirinha de vacinação para COVID-19 atualizada, além de usar máscara em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e com menor circulação de ar e lavar as mãos com frequência.
O esquema vacinal mais atualizado contra o vírus do SARS-CoV-2 no Programa Nacional de Imunização (PNI) prioriza crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas¹⁰.
Grandes Avanços que Mudam as Vidas dos Pacientes
Na Pfizer, usamos conhecimento científico e recursos globais para trazer terapias que prolonguem e melhoram significativamente as vidas das pessoas. Buscamos estabelecer o padrão de qualidade, segurança e valor na descoberta, desenvolvimento e fabricação de produtos para a saúde, incluindo medicamentos e vacinas inovadores. Todos os dias, os colegas da Pfizer trabalham em mercados desenvolvidos e emergentes para o progresso do bem-estar, da prevenção e de tratamentos que desafiam as doenças mais temidas de nossos tempos. Somos uma das maiores empresas biofarmacêuticas de inovação do mundo e é nossa responsabilidade e principal função colaboramos com profissionais de saúde, governos e comunidades locais para promover e ampliar o acesso a cuidados confiáveis e acessíveis com a saúde em todo o mundo. Há mais de 150 anos atuamos para fazer a diferença para todos aqueles que confiam em nosso trabalho. Para saber mais, acesse nosso site institucional www.Pfizer.com / www.pfizer.com.br e o portal Cuidamos Juntos, siga-nos no LinkedIn, YouTube e curta nossa página no Instagram: instagram.com/Pfizer.brasil e Facebook.com/PfizerBrasil.
Referências
1.Ministerio da Saúde (MS). Março de 2023. Disponível em: Brasil chega à marca de 700 mil mortes por COVID-19 — Ministério da Saúde (www.gov.br). Acesso em setembro de 2024.
- COLAROSSI, J. Is COVID-19 Still a Pandemic? Disponível em: .
- Coronavírus Brasil. Disponível em: . Acesso em: 29 out. 2024.
- InfoGripe: recente alta no número de casos de Covid-19 mostra sinais de queda. Disponível em: . Acesso em: 29 out. 2024.
- MCGOWAN, VICTORIA J. COVID-19 mortality and deprivation: pandemic, syndemic, and endemic health inequalities. The Lancet Public Health, Volume 7, Issue 11, e966 – e975. Disponivel em: COVID-19 mortality and deprivation: pandemic, syndemic, and endemic health inequalities – The Lancet Public Health Acesso em setembro de 2024
- Censo 2022 | IBGE. Disponível em: . Acesso em: 31 out. 2024.
- LOUREIRO B. MEDIDA SP. 2020. Disponível em: População mais pobre morre mais por Coronavírus em São Paulo | by Bernardo Loureiro | Medida SP | MedidaSP | Medium Acesso em setembro de 2024.
- MOVIMENTOS. Coronavírus nas favelas: a desigualdade e o racismo sem máscaras. Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: Coronavírus nas favelas: a desigualdade e o racismo sem máscaras – CESEC (cesecseguranca.com.br). Acesso em setembro de 2024.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota técnica conjunta Nº 23/2024. Acesso em março de 2024. Disponível em: nota-tecnica-conjunta-no-23-2024-svsa-ms-sectics-ms-e-saps-ms (www.gov.br)
- Esquemas Vacinais. Disponível em: