Com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Governo do Rio Grande do Sul publicou, nesta quinta-feira (2), o edital de concessão de 414,19 km do chamado bloco 2. Este é o segundo dos três lotes que integram o projeto de concessão de 1.131,19 quilômetros de rodovias do Estado a ser leiloado.
O bloco compreende trechos das rodovias ERS-128, ERS-129, ERS-130, RSC-453 localizadas no Vale do Taquari e das rodovias ERS-135, ERS-324, BR-470, que conectam Nova Prata, situada no Alto Taquari à cidade de Erechim, norte do Estado. São regiões que se destacam pela produção de suínos e bovinos, além da indústria ligada ao setor, com laticínios e carnes. Além disso, a concessão vai ajudar a resolver um grave problema, já que a ERS-324 é, atualmente, a rodovia com maior número de acidentes no Rio Grande do Sul.
“Este é o segundo bloco que irá a leilão, com 414 km de extensão. Serão mobilizados mais de R$ 4 bilhões em investimentos, destacando-se a duplicação da ERS-324, antiga reivindicação da população gaúcha, importante ligação regional e de escoamento da produção agrícola, conhecida também pelo seu alto índice de acidentes” detalhou o diretor de concessões e privatizações do BNDES, Fábio Abrahão. “Estamos confiantes no sucesso deste bloco, que representa mais uma etapa do projeto rodoviário para o Estado do Rio Grande do Sul. Somados os 3 blocos, estamos falando em um potencial de geração de mais de 13 mil empregos diretos e indiretos nos próximos cinco anos”, complementou Abrahão.
Os investimentos serão empregados em ampliações e melhorias que proporcionarão maior fluidez do trânsito e segurança por meio da redução da quantidade de acidentes. O futuro concessionário terá a obrigação de duplicar cerca de 296 km de rodovias, além de implantar 11,67 km de faixas adicionais unilaterais. Também estão previstas 48 novas passarelas, 173 novos dispositivos de interseção, a implantação de ciclovia interligando as cidades de Arroio do Meio a Lajeado, 34,12 km de vias marginais, 6,86 km de correções de traçados, dois contornos: Vila Maria e Vila Zuchetti e 11 pontos de passagens de animais.
Previsto para 1º de setembro, o leilão terá como critério o menor valor de tarifa pedágio, sem limite de desconto, porém com exigência de aporte de capital próprio a cada ponto percentual de deságio. Isto significa que quanto maior o deságio, mais recursos o investidor terá que comprovar para garantir a viabilidade do projeto.
O BNDES e Rodovias – Para alcançar os objetivos estratégicos de sua agenda para o desenvolvimento do país, o Banco passou a atuar como uma fábrica de projetos e serviços, estruturando parcerias com o setor público, novos investidores e operadores qualificados, visando desenvolver soluções privadas para problemas públicos. A carteira de projetos de rodovias do BNDES é composta por mais de 12 mil quilômetros em todo o país, com trechos federais e estaduais. Em abril foi arrematada a concessão de 271 km de rodovias no Rio Grande do Sul, no primeiro leilão rodoviário da Fábrica de Projetos do BNDES.
Sobre o BNDES – Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.