BNDES coordena venda de participação do Estado do Rio Grande do Sul na CEEE-G

A Companhia Florestal do Brasil, vinculada à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e representada pela corretora Itaú, venceu o leilão de desestatização da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G), na tarde desta sexta-feira (29), na B3, em São Paulo. O evento contou com duas empresas habilitadas para participação. Ao fim de uma sessão disputada, o melhor lance proposto foi de R$ 928 milhões, 10,93% acima do valor mínimo, confirmando a transferência de 66,23% do capital social total da CEEE-G.

O valor econômico mínimo de alienação da totalidade das ações detidas pelo Estado do Rio Grande do Sul era de aproximadamente R$ 836,59 milhões. Após abertura dos envelopes com as propostas econômicas, foi iniciada a etapa de lances em viva voz, uma vez que houve um empate entre as propostas apresentadas pelas duas empresas participantes: Companhia Florestal do Brasil e Companhia Energética de São Paulo (CESP). Ambas tinham proposto valor igual ao mínimo estipulado pelo edital de desestatização.

O leilão representou a continuidade do processo de desestatização da companhia, que é responsável por 1.270,7 MW de potência outorgada, cerca de 13,3% do total do estado do Rio Grande do Sul. Após uma primeira tentativa de leilão, ocorrida em março de 2022, os estudos técnicos foram atualizados e aprovados nas instâncias de governança apropriadas.Com a privatização, será outorgado um novo contrato de concessão com prazo de 30 anos de vigência e, a partir de 2023, haverá o processo de descotização das usinas que atualmente operam no regime de cotas de garantia física, possibilitando a comercialização da energia livremente no mercado.

A CEEE-G detém a concessão de um parque gerador de energia elétrica composto por 15 usinas próprias com potência outorgada de 989,8 MW, representando cerca de 10% da potência total disponível no estado do Rio Grande do Sul. Adicionalmente, possui participação em sociedades de propósito específico que totalizam uma potência proporcional de aproximadamente 280,9 MW.
O BNDES foi contratado pelo governo do Rio Grande do Sul para coordenar o processo de desestatização da empresa, e contou com o apoio técnico do Consórcio Minuano Energia — formado por Banco Genial, Thymos Energia e Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados — e da EY, responsável pela segunda avaliação econômico-financeira independente.

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