Braço robótico, criado por alunos de Etec, auxilia crianças com paralisia cerebral

Alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico de Eletrotécnica da Escola Técnica Estadual (Etec) Jaraguá, da capital, criaram e apresentaram um projeto de um braço robótico para fisioterapia infantil na 7ª edição do Latin American Congress of Artificial Organs and Biomaterial, conhecido como OBI.

Caroline Brito, Eric Frazão e Gabriel Mera, sob a orientação do professor Jean Mendes, desenvolveram um equipamento que é capaz de reproduzir, em tempo real, movimentos humanos. O projeto funciona com sensores instalados ao longo do braço do usuário. Cada gesto que a pessoa faz é captado e enviado ao protótipo, por meio de radiofrequência, e o equipamento imita a movimentação.

Na fisioterapia infantil, o projeto poderia auxiliar os pacientes em reabilitação, por meio de atividades lúdicas. “Por exemplo, a criança agarra uma bolinha e coloca em uma caixa e o braço robótico imita esse movimento. Essa atividade contribui para desenvolver a parte cognitiva e motora, reduzindo as consequências da paralisia cerebral e promovendo a independência do paciente em tarefas do dia a dia”, explica Eric, de 17 anos.

O jovem adorou a experiência de participar de um congresso internacional. “Foi incrível. Nosso projeto foi reconhecido como o melhor da sessão em Neuroreabilitação, apesar de estarmos em meio a muitos projetos de pós-graduação. Acredito que essa participação foi importante para trazer mais confiança e maturidade, tanto individual quanto em grupo.”

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da equipe também foi apresentado em outros eventos, como a Feira de Ciência e Tecnologia da Região de Bragança Paulista (Bragantec) e a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), organizada pela Universidade de São Paulo (USP).

A submissão da ideia ao OBI foi feita no final do ano passado e a apresentação online aconteceu em dezembro. Para o futuro, Eric espera colocar em prática os estudos, e aplicar o braço robótico na fisioterapia. “Queremos auxiliar crianças com paralisia cerebral por meio de brincadeiras que utilizem movimentos fisioterapêuticos”, finaliza.

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