Oscar, jogador do São Paulo, foi diagnosticado com a condição após exames no CT do clube
O meia Oscar, do São Paulo, apresentou alterações cardiológicas durante exames realizados no Centro de Treinamento do clube e precisou ser internado para investigação. De acordo com os exames, o jogador foi diagnosticado com síncope vasovagal. A Dra. Alice Del Colletto, professora e coordenadora do curso de Biomedicina da Estácio, sana algumas dúvidas sobre essa condição.
Segundo a Alice, a síncope vasovagal, conhecida como “desmaio comum”, é uma das causas mais frequentes de perda momentânea de consciência. “Ela ocorre quando há uma queda súbita da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, o que reduz o fluxo de sangue para o cérebro. Na maioria dos casos, é um episódio benigno, mas pode se tornar perigoso se acontecer durante atividades como dirigir, subir escadas ou manusear objetos cortantes”, explica.
“A síncope vasovagal costuma ser desencadeada por situações como estresse emocional intenso, dor, ambientes quentes, jejum prolongado, desidratação ou até ao ver sangue. Antes do desmaio, o corpo normalmente dá sinais de alerta, como tontura, suor frio, visão turva, palidez ou zumbido no ouvido. Reconhecer esses sintomas é essencial para evitar quedas e acidentes”, afirma a professora.
Embora seja geralmente benigna, a síncope pode trazer complicações importantes. “O grande risco está nas quedas e nos traumas. Entre idosos, por exemplo, um desmaio pode resultar em fraturas, traumatismo craniano e outras consequências graves. E quando o episódio se repete sem causa aparente, a avaliação médica é indispensável para descartar problemas cardíacos ou neurológicos”, diz a especialista.
No contexto esportivo, o cuidado é ainda maior. De acordo com a professora, apesar da síncope vasovagal ser comum entre jovens e pessoas que ficam em pé por muito tempo, episódios como o do meia são paulino podem, em alguns casos, ser um sinal de alerta para doenças cardíacas. “Por isso, no caso do Oscar, qualquer alteração nos exames precisa ser analisada com cautela. Só a investigação médica vai determinar se o episódio foi reflexo ou se há algum problema cardíaco associado que requer tratamento específico”, finaliza Alice.
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