O Hospital Maternidade de Campinas encaminhou para a DEVISA a escala médica dos neonatologistas horizontalistas, atendendo integralmente o determinado pela Portaria 930 do Ministério da Saúde, após tratativas emergenciais com a Secretaria Municipal de Saúde. Assim, aguarda que o órgão promova a liberação dos leitos interditados. Após a Prefeitura de Campinas ter assegurado um pequeno aporte financeiro para reverter emergencialmente essa crise referente à questão dos leitos na UTI Neonatal, alguns médicos neonatologistas da própria Maternidade de Campinas assumiram o compromisso de cobrir toda a escala, se cotizando e, assim, permitir a continuidade do atendimento que beneficia toda a população não só da cidade, mas da Região Metropolitana. Lembramos que esse esforço vem sendo feito pois, até o presente momento, não houve, ainda, a apresentação de novos profissionais desta especialidade para suprir a carência.
Em seus 109 anos de existência, o Hospital Maternidade de Campinas sempre agiu de acordo com a ética médica e com as normas impostas pelos órgãos reguladores. A direção da instituição, como é de praxe diante de qualquer intercorrência, já adotou todas as medidas para a rigorosa apuração dos fatos. Desta forma, qualquer inquérito que venha a contribuir para a elucidação dos fatos terá a total colaboração da instituição.
A direção do Hospital reforça – sem prejuízo de todas as ações já adotadas – a necessidade do recebimento tanto de novos recursos do poder público, quanto de doações por meio da campanha “Campinas Nasce Aqui” para que possa superar a crise financeira pela que atravessa.
Quanto à sugestão da presidente do Conselho Municipal de Saúde de Campinas, Nayara Oliveira para que “o Hospital Ouro Verde se transforme numa maternidade”, pois “a cidade precisa de ter uma maternidade gerida pelo poder público”, o Hospital Maternidade de Campinas apenas gostaria de lembrá-la que, desde a sua inauguração, em 1913, este Hospital tem como vocação a filantropia, prestando excelentes serviços ao município em uma parceria muito bem-sucedida com o poder público. Há mais um século a instituição foi criada com a finalidade de “atender a mãe pobre”, e vem cumprindo fielmente esse propósito desde muitos anos antes do surgimento do SUS – Sistema Único de Saúde.
As dificuldades enfrentadas e apresentadas com total transparência pelo Hospital Maternidade de Campinas não são exclusivas da instituição, mas reflete o descaso crônico do Poder Público para com o Sistema de Saúde. Mais de meio milhão de bebês nasceram no Hospital Maternidade de Campinas – o que corresponde a pouco menos da metade de toda a população da cidade – e, apesar de todos os problemas que acometem o Sistema Público de Saúde, consegue manter uma equipe de excelência, realizando mais de 7 mil atendimentos por mês, considerando consultas e outras assistências prestadas às gestantes, mães e recém-nascidos, além de efetuar cerca de 750 partos mensais e 900 internações por ano na UTI Neonatal. Desse total, 60% dos procedimentos são voltados para atender as pessoas sem condições de arcar com os custos da saúde suplementar ou particular. “Campinas nasce aqui”.
Ao fazer essa colocação, a presidente do Conselho Municipal de Saúde demonstra desconhecer a complexidade de um hospital que é referência em gestação de risco, assim como a importância da Maternidade de Campinas não apenas para o SUS, mas também para a Saúde Suplementar. O índice de óbitos registrados no Hospital Maternidade de Campinas é um dos mais baixos do país (cerca de cinco a cada 1 mil nascimentos), mesmo sendo a instituição referência em gestação de alto-risco e na prematuridade neonatal, cujos bebês são muito mais sensíveis, sendo considerada a pior faixa etária para mortalidade. Vale lembrar que, no comparativo, a mortalidade infantil no Estado de São Paulo estava em 9,75 óbitos de menores de um ano a cada mil nascidos vivos (2020).
Campinas deve orgulhar-se do relevante papel social do Hospital Maternidade para a cidade:
1) O Hospital Maternidade de Campinas é a maior maternidade do interior do Brasil em número de partos.
2) É referência nacional em atendimento materno infantil e regional no atendimento à saúde da mulher.
3) Trata-se de um hospital filantrópico. A maior parte dos pacientes tem a assistência garantida pelo Sistema Público de Saúde.
4) São 109 anos de história e, desde então, foi o responsável por trazer ao mundo mais de meio milhão de bebês.
5) Trata-se do hospital com o maior número de leitos de UTIs e de UCIs de Campinas para o atendimento indistinto ao público.
6) Conta com um corpo clínico multidisciplinar e com colaboradores capacitados.
7) Realiza e investimos em tecnologia para garantir a excelência da assistência materno-infantil
8) Apresenta as menores taxas de infecção hospitalar e os menores índices de mortalidade.
A direção
Hospital Maternidade de Campinas