Em uma incrível descoberta, a pesquisadora Gemany Caetano encontrou um dragão azul, um pequeno molusco pelágico da família Glaucidae Forster, na Praia do Guaraú, no litoral sul de São Paulo, no último dia 6 de abril.
Entrevistada pelo Metrópoles, Gemany compartilhou a raridade desse achado: “É um animal muito pequeno e muitas vezes se camufla com o lixo na areia”. Ela também explicou que o dragão azul geralmente vive longe da costa, em mar aberto, o que torna ainda mais especial sua aparição próxima à praia.
A lesma do mar, conhecida como dragão azul, normalmente mede entre 3 e 4 centímetros quando está na água. Ele flutua na superfície do oceano com o ventre para cima, alimentando-se de cnidários, hidrozoários e pequenos invertebrados.
Gemany acredita que os fortes ventos em Peruíbe, na data em que o molusco foi encontrado, podem ter influenciado sua chegada à costa: “Por ser um animal que não consegue resistir às correntezas marinhas e ventos fortes, ele é levado na direção dessas forças. O vento leste acima de 40 km/h o lançou na faixa de areia”, explicou.
Fora da água, o dragão azul tem apenas 1 centímetro de comprimento, podendo ser comparado a uma moeda de um centavo quando encalhado na areia. Gemany, que estuda o animal no Museu de Zoologia da USP, sempre tem seu celular consigo para capturar momentos como esse, orientada pelo professor Luiz Ricardo Lopes de Simone.
Apesar da aparência peculiar, Gemany aconselha os banhistas a não tocarem no animal. Caso seja encontrado vivo, é recomendado acionar as autoridades apropriadas para sua devolução ao mar, já que se alimenta de caravelas portuguesas, que podem causar queimaduras.
Essa descoberta nos mostra a incrível diversidade da vida marinha e a importância de preservar e proteger essas espécies singulares.
