15 casos de sequestro relâmpago foram registrados na Grande SP neste início de ano

Reprodução G1 São Paulo

Somente neste ano, já foram registrados 15 casos de sequestro relâmpago onde os criminosos utilizaram transferência bancária para roubar dinheiro das vítimas na região Metropolitana de São Paulo. O levantamento foi realizado pela TV Globo.

Entre os casos:

  • 11 foram na capital
  • 1 em Mairiporã
  • 1 em Itaquaquecetuba
  • 1 em Osasco
  • 1 em Itapecerica da Serra

 

Nesta sexta-feira (3) o Ministério Público de São Paulo se reuniu com representantes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e de bancos para discutir o combate aos crimes que envolvem transferências bancárias por aplicativo.

Segundo Rafael Alcadipani, professor especialista em segurança pública de Faculdade Getúlio Vargas (FGV), os bancos possuem ferramentas para ajudar a polícia a rastrear os criminosos.

“As quadrilhas usam várias pessoas que tem contas bancárias, elas vão passando de uma para outra para evitar rastreabilidade rápida. É necessário que a Febraban ou o Banco Central seja capaz de fornecer o caminho desse dinheiro em casos de sequestro relâmpago, para polícia saber para onde esse dinheiro está indo”, afirma.

 

“Se a polícia tiver a informação prontamente ela consegue chegar atrás dos malfeitores muito rápido. Acredito que isso deve ser feito por meio do diálogo, se não for possível no diálogo, deve se utilizar os meios legais e o Ministério Público tem como fazer isso”, continua.

O caso registrado em Itapecerica da Serra ocorreu neste sábado (25). Câmeras de segurança flagraram o momento em que um carro preto passa pela Estrada dos Moreiras, no bairro da Lagoa. Antes dele, passa um carro branco que fica parado na estrada, quando o carro preto para dois bandidos descem do veículo branco e abordam as vítimas.

Os criminosos ficaram cerca de 2 horas com as vítimas. Eles tentaram realizar uma transferência no valor de R$ 1.500, mas o banco impediu a movimentação por ser suspeita.

“A todo tempo [ficamos] de joelho, com a arma na cabeça. Levaram os pertences, levaram o carro, levaram dinheiro e a todo momento apavorando a gente. Eles engatilharam a arma na minha cabeça e falaram que ia atirar, mas um dos criminosos disse que não era para atirar porque ia sujar a quadrilha dele”, afirmou a vítima que preferiu não ser identificada por medo.

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