PM prende mulher do PCC suspeita de planejar morte de agentes federais

Kimberlly Francisco da Costa, uma das integrantes do PCC mais procuradas pela polícia Imagem: Reprodução/Rota

A Polícia Militar prendeu Kimberly Francisco da Costa, uma das integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) mais procuradas no Brasil, no Parque São Rafael, zona leste de São Paulo, Segundo investigações da Polícia Federal, ela integrava uma quadrilha acusada de planejar ataques contra funcionários das Penitenciárias Federal de Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS).

O bando já havia feito levantamento de endereços dos agentes.

Detida ontem por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Kimberly era alvo de um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal de Rondônia. Com ela, os PMs apreenderam um telefone celular. Os agentes a conduziram para a sede da PF, na Lapa, zona oeste.

A presa é mulher de Douglas Costa Alves, 27. Ele e o comparsa Evandro Rubier Dias da Silva, 53, o Trombada, foram presos em Rondônia em 27 de janeiro deste ano por agentes federais. A PF apurou que ambos iriam matar um funcionário do presídio de Porto Velho no dia seguinte e se antecipou.

Em um dos celulares apreendidos com Douglas, havia informações sobre levantamento de endereço de um servidor, provavelmente funcionário da Penitenciária Federal de Campo Grande. O alvo foi seguido em maio de 2022. Nos dados extraídos do aparelho foram encontradas outras duas mensagens relevantes. Uma delas, de 18 de maio de 2022 e dizia que o alvo saía de casa às 7h e retornava às 18h30. Tinha também informações sobre a rotina diária do agente.

A mensagem mencionava que o alvo saía para trabalhar de Uber durante a semana, mas nunca usava o mesmo carro. O texto informava que o endereço do servidor federal era um lugar de fácil acesso e ficava a dois quarteirões de uma base do Batalhão de Choque da Polícia Militar. A segunda mensagem também tinha data de 18 de maio de 2022 e as suspeitas são de que se referia a outro servidor federal. O levantamento mostra que esse alvo saía de casa às 8h, deixava o serviço às 16h30, entrava na academia às 17h40, permanecia lá até 20h e chegava em casa às 20h40.

No celular de Douglas também havia outras mensagens sobre o alvo de Porto Velho marcado para morrer a mando do PCC. Os diálogos mostram que a vítima escolhida pela facção foi seguida em muitas ocasiões, uma delas desde casa até a um supermercado e foi fotografada várias vezes. Trombada foi condenado por roubo e tráfico de drogas e cumpriu pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), um dos mais fortes redutos do PCC no sistema prisional paulista. Ele e Douglas estão presos na Penitenciária Federal de Porto Velho.

 

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