A Polícia Civil prendeu nesta semana duas suspeitas de estrangularem, esquartejarem e queimarem uma ex-modelo dentro de uma casa de shows abandonada em Cotia, na Grande São Paulo.
Aline Laís Lopes, de 34 anos, havia desaparecido na última quarta-feira (22). Partes do corpo foram encontradas carbonizadas no sábado (25) passado dentro de um carrinho de compras abandonado em uma passarela da cidade.
Uma mulher e uma travesti foram detidas pela delegacia de Cotia. Segundo a polícia, as duas fizeram uma emboscada para Aline e a mataram. O motivo do crime foi ciúmes, de acordo com a investigação.
A mulher presa decidiu matar Aline depois de desconfiar que a vítima estaria tendo um relacionamento com seu marido. Ele é usuário de drogas e teria oferecido entorpecente para a ex-modelo em troca de sexo. Para cometer o crime, a mulher pediu ajuda a uma travesti. Dois homens foram ouvidos e liberados. Os nomes não foram divulgados.
“A autora executou esse crime em parceria de um outra pessoa já identificada, é uma travesti, de compreensão física forte que ajudou a autora que tem uma compreensão física menor a matar a vítima”, disse à TV Globo a delegada Mônica Resende Gamboa.
Ainda segundo a polícia, Aline foi atraída pelas duas para a casa de shows abandonada, onde foi estrangulada com um cadarço ou fio. Depois disso, um sofá foi jogado sobre o corpo e incendiado. Em seguida, os restos mortais dela foram colocados num carrinho e levados até a passarela.
Um morador de rua, também usuário de drogas, que levou o carrinho com partes do corpo de Aline, foi ouvido pela polícia e liberado. Ele contou ter recebido entorpecente em troca de fazer o transporte que seria de um suposto cachorro morto.
Por causa do estado em que o corpo foi encontrado, a identificação da vítima só foi possível por meio de exame de DNA. Aline foi enterrada nesta quarta-feira (1º). O local e a cidade não foram divulgados pela família. Ela morava numa casa com a mãe, o cunhado, o irmão e o filho dela, de 1 ano.