Procurador que espancou chefe tem esquizofrenia paranoide, conclui laudo

Demétrius foi preso após espancar a chefe no trabalho, na Prefeitura de Registro, no interior de SP — Foto: Reprodução

Um laudo do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (IMESC) concluiu que o procurador que agrediu a chefe durante expediente na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo, apresenta quadro psiquiátrico compatível com esquizofrenia paranoide. Um parecer elaborado pelo psiquiatra forense Guido Palomba já havia apontado o mesmo.

Demétrius Oliveira Macedo, de 35 anos, foi internado em 27 de fevereiro com “comportamento de personalidade narcisista e combativo”, sem previsão de alta médica. Segundo um relatório médico da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP). Antes da internação, ele estava preso na Penitenciária de Taiúva (SP).

Com base no documento obtido pelo g1, além do quadro de esquizofrenia paranoide, os peritos do IMESC apontaram que o procurador apresenta capacidade de entendimento prejudicada e capacidade de determinação abolida à época do crime e é inimputável [incapaz de entender o caráter ilícito do fato].

Os profissionais recomendaram tratamento em regime de internação pelo período mínimo de 3 anos. Para os peritos, apesar de existir o suporte familiar, mesmo em contexto protegido e sob tratamento médico adequado, Demétrius ainda não apresentou remissão dos sintomas, mantém episódios psicóticos, de alteração do comportamento e de frangofilia [Impulso de quebrar objetos].

De acordo com os peritos, a esquizofrenia paranoide e os sintomas apresentados por Demétrius prejudicam a capacidade crítica e o pragmatismo dele. “Tais sintomas que estavam presentes à época dos fatos permitem concluir que a capacidade de entendimento encontrava-se prejudicada, enquanto a capacidade de determinação restava abolida”, consta do laudo.

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