Governo de SP amplia proteção social de alta complexidade para pessoas com deficiência

Serviço, que contava com 101 unidades em janeiro de 2023, agora soma 138, beneficiando um total de 184 municípios. Foto: Governo de SP

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS), aumentou, desde janeiro de 2023, em mais de 35% o número de unidades do programa Residência Inclusiva, serviço de proteção social especial de alta complexidade voltado para pessoas com deficiência. Neste período, foram entregues 37 novas unidades regionalizadas e municipalizadas.

Com a inauguração, no último dia 19, da Residência Inclusiva de Porto Ferreira, no interior paulista, que atenderá também as cidades de Santa Rita do Passa Quatro, Itápolis, Ibitinga e Taquaritinga, o serviço, que contava com 101 unidades em janeiro de 2023, agora soma 138, beneficiando um total de 184 municípios.

O programa

A Residência Inclusiva é um dos programas mais importantes e completos da SEDS, pois é destinado ao acolhimento e ao cuidado em tempo integral de jovens e adultos com deficiência, sem apoio familiar e em situação de vulnerabilidade social. Em média, dez pessoas com esse perfil, com diferentes graus de dependência e tipos de deficiência, moram em cada unidade.

Diferentemente dos tradicionais abrigos, albergues e outros equipamentos públicos já conhecidos da população, a Residência Inclusiva é, de fato, uma casa similar a de uma família. Além de moradia e assistência básica, os atendidos recebem atenção personalizada 24h por dia de uma equipe multidisciplinar formada por coordenador, assistente social, psicólogo, terapeutas, cuidadores sociais entre outros. O objetivo é possibilitar a inserção dessas pessoas no convívio comunitário, evitando a segregação e o isolamento.

Em busca da autonomia

Na região de Cotia, cerca de 200 metros separam duas unidades do programa Residência Inclusiva. A primeira atende exclusivamente o público masculino e conta com quatro quartos, três banheiros e sala de recreação. A cozinha é integrada a uma área externa com uma grande mesa para as refeições, lavanderia e quintal. Todos os ambientes são acessíveis.

Os funcionários desenvolvem atividades coletivas ocupacionais e de aprendizado com os moradores como jogos, pintura e produção de bijuterias. Além disso, eles também são estimulados a auxiliar nas tarefas do dia a dia como cozinhar, limpar e arrumar a casa, sempre sob supervisão.

Passeios externos como idas a shows, parques e centros comerciais também são realizados. Cada morador, contudo, tem sua própria rotina e os compromissos individuais ficam afixados em um quadro de avisos. “Todo esse processo é pensado para promover a inclusão social e a integração à comunidade. Nosso objetivo é estimular e capacitar os atendidos para que eles desenvolvam o máximo possível de independência e autonomia, sempre respeitando o ritmo e os desejos de cada um”, afirma Ana Paula Souza Romeu, responsável pela Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social (Drads) de Osasco, que supervisiona a unidade. “Temos moradores que frequentam a academia de ginástica do bairro acompanhados de cuidadores, e outros que até estudam ou trabalham fora”, comemora.

Perto dali, outra Residência Inclusiva abriga exclusivamente mulheres e, logo na entrada, é possível notar o toque mais feminino e delicado na decoração dos ambientes – trabalho desenvolvido pelas próprias moradoras. Aqui, o quadro com as tarefas de cada uma é enfeitado com flores, as paredes ganharam cores mais vibrantes e há um painel exibindo fotos de uma confraternização recente entre as residentes.

A Residência Inclusiva feminina de Cotia também tem o hábito de fazer uma espécie de assembleia mensal com a participação de funcionários e das moradoras. “Nessas ocasiões são discutidos os assuntos de interesse comum, que impactam a dinâmica da casa e a convivência”, explica Ana Paula. Outra peculiaridade da casa é a “rotina de beleza” nos fins de semana, composta de atividades relacionadas aos cuidados pessoais. “Elas se reúnem para cuidar do cabelo, fazer as unhas e as sobrancelhas. São pequenas coisas que ajudam a elevar a autoestima e a fortalecer os laços entre as moradoras”, diz.

Mais informações

Para saber mais sobre como funciona e sobre como acessar o serviço, basta procurar o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua casa.

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