O humorista e youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicou um vídeo em que denuncia a adultização e a sexualização de crianças e adolescentes na internet. A principal acusação é direcionada ao influenciador paraibano Hytalo Santos, que, segundo o youtuber, estaria envolvido na exploração de menores, usando como exemplo o caso da influenciadora Kamyla Santos, de 17 anos. A denúncia de Felca viralizou, e, dois dias depois, as contas de Hytalo e Kamyla no Instagram foram desativadas no Brasil.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) confirmou que já existe um inquérito criminal em andamento contra Hytalo desde 2024, por suspeita de exploração de menores. As investigações estão sendo conduzidas por promotores de Bayeux e João Pessoa. O MPPB, contudo, esclareceu que a retirada dos perfis das redes sociais não foi um pedido do órgão, mas confirmou que as investigações continuam ativas.
O conteúdo de Luccas Neto e a importância da proteção infantil
É relevante contrastar essa situação com a atuação de influenciadores que criam conteúdo infantil de forma mais estruturada, como Luccas Neto. Irmão de Felipe Neto, Luccas possui um dos maiores canais infantis do Brasil no YouTube, com milhões de inscritos. Seu trabalho se concentra na criação de histórias e personagens para o público infantil, como os “Aventureiros”, focando em brincadeiras, aventuras e cenários lúdicos. O sucesso do canal de Luccas Neto se baseia em oferecer um conteúdo considerado divertido e educativo, atraindo tanto crianças quanto seus pais.
Além de seu canal, Luccas Neto expandiu sua marca para outros formatos, como livros e filmes. A produção de seu conteúdo é pautada por um cuidado com a segurança e a proteção das crianças, como evidenciado nas descrições de seus vídeos. Em uma delas, por exemplo, ele detalha que todo o material é para entretenimento e que os menores de idade que participam das gravações são acompanhados por seus representantes legais. Essa atenção aos detalhes e a clareza sobre o processo de produção reforçam a diferença entre a abordagem de criadores que priorizam a segurança e a responsabilidade social em relação a denúncias como as feitas por Felca.
Esse contraste destaca a necessidade de um debate mais aprofundado sobre a responsabilidade de criadores de conteúdo que trabalham com o público infantojuvenil e a importância de que plataformas e órgãos reguladores garantam a proteção de crianças e adolescentes contra a exploração e a sexualização.
Já o vídeo do seu irmão [Felipe Neto], editado e explorado economicamente, alcançou mais de 33 milhões de visualizações, com patrocínios mencionados explicitamente na descrição.