PF investiga fraudes a licitações e desvios de recursos públicos

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (24/6) a Operação ATLÂNTIDA, visando combater esquemas de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos.

Cerca de 60 policiais federais deram cumprimento em 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cruzeiro do Sul/AC, Rio Branco/AC e João Pessoa/PB.

A investigação teve início em meados de 2018, para apurar uma suposta associação de construtoras com o objetivo de frustrar, mediante ajuste e combinação de propostas, o caráter competitivo de licitações, no âmbito da Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul/AC.

A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresários, inclusive com a utilização de empresas de fachada para burlar o processo licitatório, em contratos que envolvem obras de engenharia como pavimentação asfáltica de ramais e implantação de complexo esportivo na cidade de Cruzeiro do Sul/AC. Foi constatado um prejuízo de cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos.

A Polícia Federal continuará a apuração, na tentativa de elucidar a real amplitude dos ilícitos praticados que, até o momento, foram capitulados como crime tipificado no art.90 da Lei nº 8.666/93, sem prejuízo de outros crimes eventualmente desnudados no curso da investigação criminal.

A origem do nome da operação faz referência a uma ilha habitada pelos atlantes, descendentes de Atlas, filho de Poseidon. Segundo as notas de Sólon, Atlântida era uma cidade esplendorosa, com arquitetura monumental e engenharia avançada, era uma nação próspera até que a corrupção dos descendentes de Atlas os conduziu à desobediência das leis fundamentais de Poseidon, motivo pelo qual mereceram o castigo de Zeus, que a fez submergir no oceano. Qualquer que seja a versão da lenda, Atlântida foi sempre considerada como símbolo da Idade de Ouro e a corrupção praticada pelos descendentes de Atlas foi punida severamente.

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